Websérie As aventuras de Geo. Capítulo 16. Um dia na fazenda.

Olá, meu nome é Geo e estas são as minhas aventuras!

O dia começou lindamente, ensolarado e sem chuva. Nenhum vilão apareceu para me atrapalhar. Parece que vamos passar o dia longe da cidade, em um lugar tranquilo, com pouco movimento e ar puro, sem a poluição urbana. O moço do site prometeu que será divertido, e ainda continua a comemoração do aniversário do domingo passado, rsrs. Parece que vou passar o dia explorando o lugar, que tem bichinhos como cavalos, vacas, plantas frutíferas e muito mais. Espere! Parece que a moça já chegou. Então, vamos lá! Entrei no carro e pegamos a estrada, mas parece que estamos lentos demais, assim nunca vamos chegar.

Então, falei, a moça para acelerar, pise no até 150 km/h, assim chegaremos lá em 10 minutos. Se continuássemos a essa velocidade, eu chegaria já idosa! A motorista disse que não precisava ter pressa, mas acelerou um pouco. A Geo disse: “Tá bom assim, vamos voando até lá!”, rsrs. Depois de 50 minutos de estrada, enfim chegamos.

Quando desci do carro, encontrei um lugar diferente, realmente bem mais tranquilo. Havia muita vegetação do tipo caatinga, típica do semiárido, com temperaturas de 28 graus. Bom, chegamos lá por volta das 13h. E o povo adulto se reuniu para conversar, parecendo que passariam o dia todo assim.

Eu fui até o terreno, que chamo de quintal. Lá, havia alguns pés de fruta: mangas, jacas e melancias. Eram plantas enormes e eu não conseguia subir. No final do terreno, uma senhora estava deixando uma vaquinha comer capim. Ela me falou: “Oi, neném, está sozinha? Cadê o povo?”. Eu respondi: “Não estou sozinha, o povo está lá na casa conversando.” A senhora ficou conversando comigo, disse que tinha uma idade avançada e que, quando era mais jovem, costumava correr por todo aquele terreno. Ela disse que a vaquinha se chamava Minosa e era “boazinha

Comecei a falar com a Minosa, mas ela não deu muita atenção. Ofereci capim, folhas e frutas, mas ela não parecia interessada em conversar. Depois de um tempo, fiquei impaciente e soltei um “vaca da peste!”. Em seguida, fui embora, deixando-a no terreiro comendo seu capim. A senhora já havia ido embora quando voltei para a casa. Tudo isso demorou apenas alguns minutos. Parece que o tempo aqui não passa da mesma forma que na cidade. Estou me sentindo estressada com essa calmaria toda. Aff!

Depois, o sol estava se pondo no oeste daquele lugar silencioso. Fui até a casa e encontrei todos reunidos conversando. Já era quase 9 horas sem parar, aff. Tomei banho, jantei e, como de costume, fui dormir às 19h. Ainda bem que a noite chegou. O povo continuou conversando até às 22h. E, por volta das 23h, apagaram as luzes e foram dormir. Será que vai ficar ainda mais silencioso e calmo? Aff.

Tentei pegar no sono, mas de repente ouvi um barulho. Parecia que alguém estava no quintal. Levantei e abri o portão. Lá no final do terreiro, alguém parecia estar batendo na Minosa.

Peguei meu celular e fui até o final do quintal. quando cheguei ter uma surpresa: era verdade, havia alguém lá! Mas não me aproximei rapidamente, sem saber do que se tratava. Para minha surpresa, era um menino sem uma perna batendo na vaca.

Cheguei perto e gritei: “Ei, garoto, pare de bater na vaca!”. Ele começou a rir e a pular em círculos ao redor do animal, rindo sem parar. Ele nem falava muito, apenas ria. Era feliz e só queria fazer travessuras na madrugada.

Então, liguei para minha amiga e mandei a foto do menino. Ela disse que não sabia quem ele era e sugeriu que eu pegasse um galho e o batesse para fazê-lo ir embora. Peguei um galho e joguei no menino. Ele ficou chateado porque atrapalhei sua brincadeira.

Gritando, ele chamou seus amigos. Pulando, pulando, eles correram atrás de mim. Tive que sair correndo dali, mas me escondi na volta da casa e parei no canavial. Poxa! Corri, corri e, um pouco mais para o centro, vi algo iluminando. O que será? Parece que está pegando fogo! Percebi que os meninos pararam de correr atrás de mim e fui até a luz. Chegando mais perto, me assustei: era um cavalo em chamas! Meu Deus!

E lá estava ele, sem fazer nada, apenas com a cabeça em chamas. Então, avistei nas proximidades um pequeno lago. Parecia que havia um pequeno balde que a senhora deixava lá para dar água à Minosa. Fui até a beira do rio, peguei água e cheguei bem próximo ao cavalo de “cabeça quente”, rsrs, e joguei água no bicho. Mas nem apagou! O animal começou a correr atrás de mim, eita, ficou azoado!

Então corri, corri, sem saber onde estava. Mas na outra margem do rio, havia uma moça. Cheguei perto dela e disse: “Oi, o que você faz aqui no rio de madrugada?”. Ela não respondeu. Me ignorou e pulou na água. O quê? Mas algo estava estranho: ela tinha calda? Me aproximei e gritei: “O que foi, moça feita de peixe? Ficou assustada? Ninguém conversa, né?”. Nem liguei e fui embora.

Próximo dali, havia uma moça escondida. Quando cheguei perto, ela saiu correndo. Se não me engano, os pés dela estavam ao contrário! “Oxi!”, gritei. “Ei, moça, cuidado para não cair! Fia da peste!”. Vou para casa.

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Quando finalmente encontrei a casa, tinha um monte de moleque no quintal brincando. se aproximando perguntei: “O que vocês estão fazendo todos aqui?”. Os moleques, que pareciam ser bons meninos, responderam: “Oi, Geo, quer brincar com a gente?”. Aceitei o convite e voltamos até a Minosa. Eles começaram a mexer com a vaquinha e eu disse: “Tira leite dela!”, rsrs. A moça feita de peixe e o cavalo de cabeça quente também estavam lá. Ficamos brincando a madrugada toda. Quando amanheceu, eles se despediram: “Valeu, Geo! Depois vem brincar com a gente de novo!”. Respondi: “Tá bom!”.

Amanheceu e voltei para a cama. O povo começou a conversar novamente até o meio-dia.

Na noite seguinte, às 19h, estava dentro do carro para voltar para casa. Como a estrada dá vista para todo o terreiro, me surpreendi com o que vi: alguém parecia ter saído debaixo da terra e puxado o animalzinho para dentro, gritando. “Hahahahah!”, pensei. “Eu voltei!”. Não acreditei: o homem de cabelo cinza estava de volta? E ele não estava sozinho: o homem que vende produtos chineses estava com ele. Agora era uma dupla? O que será que vai acontecer nos próximos  dias? E o que aconteceu com a Minosa, virou churrasco? e os outros amigos da Geo? Todos foram levados para o submundo? E por que eles apareceram todos de uma vez na última madrugada? Voltei para casa refletindo sobre tudo isso.

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