Rodrigo Carv 
Estou numa cidade pequena devastada, onde só vejo destruição e amontoados de cadáveres por toda a redondeza. A cidade se tornou fantasmagórica, sem rastro de vida, apenas morte e um cheiro insuportável. Parece um filme de terror, no qual as forças dos céus combatem o mal. Caminhando por pelo menos 50 km, encontrei uma casa abandonada, pequena e com apenas um cômodo à vista. O restante estava destroçado. Ao redor, havia algumas pessoas ao lado de um homem deitado, gritando de dor e transparecendo um sofrimento intenso. O homem estava amarrado com cordas nas mãos e pés, enquanto alguns sacerdotes citavam trechos em latim. Eles diziam:
“Quid tibi nomen est. Narrate mihi, cogo te, per omnem potestatem, qua in me est, nomen tuum dicere.”
Não entendi, mas parecia uma briga contra um homem aparentemente doente. Sim, nada que presenciei era tão horripilante quanto o que vi. Bom, estou a uma certa distância eles não conseguem ver, irei observar e de repente o homem acamado começou a desatar os nós da corda, e se livrar das amarrações, não acredito, ele ficou em pé e seu cadáver caiu no chão, mas um dos sacerdotes começou a atacar os outros companheiros sem nenhum propósito.
Os outros que estavam ao redor começaram a mostrar objetos sagrados que nada fazia efeito, água purificada, o companheiro começou a assassinar los, parece que será o fim daqueles que estavam no local contive o grito de desespero, se alguém me ouvisse era o meu fim, um ser maligno está solta, não acredito ele pode fazer um corte tão profundo na garganta sem sentir nada, nossa que morte horrível, no segundo homem ele girou a cabeça em 360 graus, causou uma morte instantânea e logo após ele arrancou seu coração esmagando imediatamente. O terceiro foi quebrado todos os ossos das mãos, pernas e tórax. Logo após o massacre, a alma amaldiçoada retornava para o cadáver e deixou um sacerdote vivo.
Sem entender nada, o quarto sacerdote olhava para a figura demoníaca e, obviamente, perguntou: “Por que você não me matou? Por que você me possuiu?” O ser demoníaco respondeu: “Eu queria matar todos os seus amigos queridos, hahahahah!” Uma gargalhada diabólica ecoou. “Queria matá-los, queria provocar um remorso insuperável em você. Quero que você viva em agonia eterna, sentindo-se culpado por matar todos os seus companheiros. Suje suas mãos de sangue daqueles que o guiaram, acolheram e fizeram você feliz. Não há perdão para o que você fez. Sinta a agonia.”
Mox iuvenis perdite clamare coepit, dolorem inestimabilem sentiens. Id amplius aegre tulit, rupem prope flumen deiecit.
Fiquei chocado com toda aquela cena, e nunca vou esquecer o que presenciei. Aquilo parecia um pesadelo que eu não queria ter vivido. Onde está o ser demoníaco? Estou paralisado, incapaz de me movimentar. Após uma hora, finalmente consegui me mexer e decidi averiguar o local. Parece haver um sobrevivente. Me aproximei do sacerdote, que começou a sussurrar em latim. Infelizmente, não compreendi as palavras, mas uma delas ficou gravada em minha mente:
“Damnatus es. Salutem quamprimun expecta.”
Logo após proferir essas palavras, o sacerdote morreu. Confuso e apavorado, saí correndo dali. O cadáver do homem não apresentava mais sinais de vida. Devido à sua aparência, parecia estar morto há dias. Exausto mentalmente, desmaiei, e meus olhos se fecharam na escuridão.
“Mors non est finis. Anima tua damnatur in aeternum”
