
“Já faz muito tempo que estou vivendo neste lugar estranho. Não sei se estou vivo ou morto. Às vezes, tenho lapsos de memória que me fazem lembrar de coisas do passado e não sei se são reais ou não. Isso causa uma enorme agonia e desespero. Alguns meses atrás, percorri a mesma estrada de areia que trilhei com a dona do vestido preto inúmeras vezes. Parecia um ciclo sem fim, como um terrível sonho do qual nunca acordarei. O que vejo aqui é uma cidade muito parecida com a minha, só que coberta por uma neblina. As poucas lembranças que tenho são de uma cidade pequena, quente e chuvosa. Esta é a primeira vez que vejo neblina.
A cidade está abandonada. O que terá acontecido aqui? Não vejo ninguém, como sempre. Só ruínas e um amontoado de escombros das casas. Parece que houve uma guerra que destruiu tudo. Mas uma cidade pequena se envolveria em um conflito? Não sei responder. Continuei a caminhar por várias horas, revendo a cidade onde morei. Era como se estivesse recordando a minha infância, revendo os amigos, as brincadeiras e tudo mais. Está sendo uma experiência estranha. Mas, o que significa ‘estranho’ neste mundo louco?
“Cheguei à casa onde morei quando era pequeno, queria saber como estava tudo. Entrei na casa, olhei o quarto, o banheiro, a sala, o quintal. Espere! O que está acontecendo? Minha vista escureceu e caí no chão. Isso durou apenas alguns minutos. Quando recobrei a visão, estava diferente, com cores vivas, e havia duas assombrações demoníacas, brincando na sala. Aproximei-me delas e tentei interagir: ‘Oi, quem são vocês?’ os demônios continuaram brincando como se não houvesse ninguém por perto, como se eu não existisse. Gritei! Gritei! Gritei! E nada mudou. Os demônios começaram a conversar. ‘Você quer brincar lá fora comigo? Quero correr na rua, vamos?’ Começaram a brincar na rua por quase duas horas. Eu estava próximo, encostado na parede, só observando, sem poder fazer nada.
Um terceiro demônio apareceu perto dele.. Parecia ser alguém conhecido, mas como ela surgiu? Aproximou-se das duas outras e pediu para brincar. ‘Quero brincar com vocês, tenho algo bem legal.’ O terceiro demônio pegou um objeto estranho do bolso. ‘Vamos brincar de cavar um buraco no chão e enterrar coisas?’ As duas responderam que sim. ‘Vamos?’ Ela entregou um objeto. ‘Agora quebre o bonequinho em três pedaços, parta esse livro em dois e enterre tudo.’ A terceira criança cortou um pouco o seu braço e derramou algumas gotas de sangue no buraco que a criança fez. De repente, a segundo demônio ficou paralisado, sem reagir. A terceira desapareceu e só ficou a outra criança, que começou a se mexer: ‘Ei, acorde, acorde, acorde. O que está acontecendo?’ A criança acordou depois de 3 minutos e estava desacordada, olhando estranhamente. ‘O que você fez?’ Ela a deixou no chão da rua e disse: ‘Vou dizer à mainha o que você fez, isso é pecado.’”
“A criança saiu correndo daquele lugar e a outra, que estava acordada, começou a caminhar próximo a mim. Achei estranho, eles estavam sem falar, nem me enxergavam e agora ela me vê? A criança olhou fixamente para mim e falou em poucas palavras: ‘Desculpe por fazer isso com você, é algo imperdoável. Você nunca terá paz, nunca terá paz, nunca terá paz, nunca terá paz.’ Tudo se repetia como nos outros dias. Aquela voz me atormentava novamente. Por que estou ouvindo isso, se só assisti às crianças brincando? O que elas fizeram naquele dia? Não consigo mais lembrar.
Pronto! Estou no mundo estranho novamente. E a mulher de preto observava novamente e, com o seu olhar sombrio, disse: ‘O que você assistiu foi a sua própria condenação para este mundo.’ Como assim, que mundo, condenação? Não estou entendendo nada, me explique? Você só fala comigo por enigma? Chegou um servo e falou: ‘Está na hora, está pronto?’ Amarrou-me numa peça feita de pedra que parecia uma cama. De onde surgem essas coisas? E, sem hesitar, perfuraram partes do meu corpo, retirando todos os órgãos. Sangue derramado, uma dor e agonia insuportáveis, o pior é que estava vendo e sentindo tudo aquilo. Depois que retiraram os órgãos e a pele, deixando apenas a cabeça intacta, gritei em dor insuportável. O servo derramou água escaldante dentro do meu corpo, até eu não aguentar mais.”
“Tudo ficou preto novamente, e sempre acordo como se nada tivesse acontecido. No mesmo lugar de sempre. Vejo dois demônios brincando na sala. ‘Ei, vamos brincar na rua? Quero correr um pouco.’ As crianças foram para a rua.
Cheguei perto delas e tentei interagir: ‘Oi, quem são vocês?’ Os demônios continuaram brincando como se não houvesse ninguém por perto, como se eu não existisse. Gritei! Gritei! Gritei! E nada mudou.. Os demônios começaram a conversar. ‘Você quer brincar lá fora comigo? Quero correr na rua, vamos?’ Começaram a brincar na rua por quase duas horas. Eu estava próximo, encostado na parede, só observando, sem poder fazer nada.
O terceiro demônio apareceu perto delas. Parecia ser alguém conhecido, mas como ela surgiu? Ela se aproximou das duas outras e pediu para brincar. ‘Quero brincar com vocês, tenho algo bem legal.’ O terceiro demônio pegou um objeto estranho do bolso. ‘Vamos brincar de cavar um buraco no chão e enterrar coisas?’ As duas responderam que sim. ‘Vamos?’ Ela entregou um objeto. ‘Agora quebre o bonequinho em três pedaços, parta esse livro em dois e enterre tudo.’ A terceira criança cortou um pouco o seu braço e derramou algumas gotas de sangue no buraco que a criança fez. De repente, o segundo demônio paralisado, sem reagir. A terceira desapareceu e só ficou a outra criança, que começou a se mexer: ‘Ei, acorde, acorde, acorde. O que está acontecendo?’ A O demônio acordou depois de 3 minutos desacordada, olhando estranhamente. ‘O que você fez?’ Ela a deixou no chão da rua e disse: ‘Você vai dizer à mainha o que você fez, isso é pecado.’ Quando o servo apareceu e perguntou: ‘Está pronto?’
Após horas na escuridão, acordei novamente. Estou numa casa e vejo dois demônios brincando…”