Websérie dos casos clínicos.Esquizofrenia. Capítulo 03. a benção divina. Final

Inicie meu dia um pouco enjoada devido aos medicamentos que me deixavam muito fraca e com dor de cabeça; parece que dormi por vários dias. Estou na cama de hospital novamente, o que aconteceu? Tudo na minha vida está estranho, não consigo lembrar. A minha cabeça está com inúmeros pensamentos, está muito agitada, parece que estou no centro da cidade e captando todas as vozes das pessoas falando. Sim, parece que tenho novos dons que os céus me concebeu, além de curar pessoas, agora sou capaz de ouvir os pensamentos das pessoas, perceber quais pessoas estão precisando de auxílio, que imediatamente iriei ajudar. 

E o meu primeiro dom poderei conversar e curar pessoas que podem está em sofrimento. Sou uma pessoa especial que Deus me escolheu para salvar a humanidade, mas porque eu? Será que os céus me fez descer na terra para dar um rumo a humanidade? Espero que possa dar conta de tanta glória recebida. O quê, como foi que você disse? escutei uma voz misteriosa, a mensagem na minha cabeça disse que não poderei falar isso para mais ninguém, pois poderei levar um castigo de Deus.  Está tudo bem, não irei falar com mais ninguém sobre isso. Parece um anjo falando através do meu pensamento. Tenho que aceitar meu destino e ser uma salvadora para esse mundo. 

Depois de três dias tive uma melhora no meu emocional e fui liberada, com algumas receitas que para mim é desnecessária, pois eles não entendem o que ser uma serva de Deus.  Parei na estação com um parente para esperarmos a condução e ir para casa, ele não deixa mais sozinha, não sei porque, parece que ele desconfia do meu DOM, mas tudo bem, não irei dizer nada. O tempo está nublado, com muitas nuvens, e ensolarado,  é um dia para aproveitar e se divertir, mas não estou muito deposta. As nuvens estavam se movimentando estranhamente, e os formatos que aparecia no céu, me divertia, às vezes parece um pato, um criança ou coração. A nuvem do canto parece uma pessoa com uma câmera e estar olhando para mim, o que faço? Não fiz nada! Uma luz próxima à nuvem apareceu. 

Comecei a ficar um pouco angustiada, meu corpo começou a suar, fiquei com medo, não sei o que é isso. Meu parente que me acompanhava estava conversando com o homem la no ponto ele se conhecem. E na escuta ouvi ele falar: “sim, às vezes é necessário observar tudo”escutei essa frase e retrai, parece que cada palavra entrava e rasgava tudo dentro de mim, eu sabia que a luz que estava no céu era para me observar, não terei paz, senhor não consigo mais viver sem estar sendo observada? quero gritar” socorro! mais estamos em público, se fazer isso, as pessoas poderão descobrir meu DOM. Me retrai, absorvei tudo e comecei a se sentir mal, uma angústia horrível.

Pegamos a condução, fiquei calada durante todo o percurso de 40 minutos até chegar em casa. A noite estava no meu quarto, e a programação da tv, está agoniante, todos estavam se referindo em forma subliminar ao meu DOM, é um inferno tudo isso. Tomei os medicamentos e consegui dormir. Amanha tenho que ir a missa pela manha. Chegamos numa igreja principal na cidade e sentei na frente. Iniciaram a cerimônia tranquilamente. Mas percebi algo estranho, havia uma mulher de vestido vermelho atrás do sacerdote, próximo à porta que dá acesso à capela de oração, ela está acenando para mim, e me chamando, venha aqui.  Me levantei, e disse a pessoa que me acompanhar que precisava tomar um pouco de ar.

Sai do meu acento e fui até a capela de oração, cheguei e realmente havia uma mulher com vestido vermelho.  Fui logo falando com ela, oi você me chamou? a mulher disse: ei, fale baixo, eles podem descobrir tudo. Sem entender, fiquei falando baixo, comecei a escutar o que essa mulher queria me dizer. Até que fim encontrei, eu conheço você, sei do dom que você esconde. Estou aqui para lhe proteger, alguém mais sabe desse poder de curar que Deus deu para você? Eu disse: não, ninguém sabe, não falo com mais ninguém sobre isso, às vezes as pessoas desconfiam, olham para mim, ou colocam câmeras atrás das nuvens para me observar, com sei, me protejo e não deixo ninguém descobrir.

Tudo bem! então posso contar meu segredo para você? Respondi: claro, pode confiar, ninguém consegue descobrir nada sobre mim. A mulher de vermelho relatou: sou um anjo que os céus me enviou para auxiliar você  e conduzi a humanidade, as pessoas irão precisar de você. E do nada a mulher fez uma levitação para provar que realmente se tratava de algo sobrenatural. Comecei a ficar emocionada, tinha a certeza que um dia iriam me reconhecer.  Depois ela sumiu, quando a pessoa que me acompanhava na missa entrou na capela. E perguntou: o que você está fazendo aqui? está chorando? Fiquei em silêncio e sai dali. A missa parece que tinha terminado. 

Logo depois, fui para casa, e a tarde, fiquei na sala assistindo a tv. Estava evitando noticias, mortes, essas coisas, tudo isso corrompe a alma. A companhia tocou duas vezes, fui e abri a porta. Era a mesma mulher que conheci na igreja, ela é estranha, não pisa no chão, alguns arranhões nos braços, correndo sangue. Estou assutada, o que aconteceu com você?  Estava bem hoje pela manha? a mulher de vermelho: começa a falar que precisava de mim: é urgente! entenda que é uma missão divina para você. 

Tudo bem, mas o que devo fazer? Vou precisar que você quebre algumas coisas dentro da sua casa e pegue o vidro e corte alguém que more com você, penso que eles são pecadores, e você pode punir, já que eles só são humanos, e você divina. Comecei a ficar angustiada, não posso quebrar nada aqui em casa? o que eles irão fazer se perder alguma coisa?  Quebrar a TV? por quê? ela é algo dos demônios, todos estão apoiando ao diabo? É por isso que preciso punir? Não posso, não quero machucar ninguém alguém? A mulher de vermelho insiste:, sim, essa é a vontade divina. Aceite meu destino e quebrei algumas coisas em casa, sai na rua, fui na loja vizinha e quebrei apenas na tv, peguei o vidro e tentei cortar o vendedor, ele começou a chamar os segurança e fui detida. O vendedor irritado gritou o que você fez? está louca? Respondi: Não sou louca, foi a voz que me pediu para fazer isso, não tenho culpa, não queria, mas fui forçada, me desculpe.