
O que me fascinou criar um inferno na websérie: a morte não é o fim, com um universo interligado, onde três séries se entrelaçam para explorar a complexidade da existência humana. O inferno, nesse contexto, não é um lugar de fogo, e sim de sofrimento, cada indivíduo confronta seus maiores arrependimentos. A morte, longe de ser o fim, marca o início de uma jornada sem fim, onde a alma carrega consigo as marcas de suas escolhas passadas.
Após uma morte inesperada, o personagem, um cético convicto, encontra-se em uma jornada surreal por um além que nunca acreditou existir. Acompanhado pelo enigmático anjo negro, personificação da própria morte, ele vaga entre o inferno, o paraíso. A cada novo destino, o personagem confronta suas memórias mais profundas, questionando o significado da vida e da morte.
Privado de sua identidade humana, ele se torna um observador passivo de sua própria existência, assistindo à sua própria cerimônia fúnebre e relembrando os momentos que marcaram sua vida. A experiência de ajudar outras almas perdidas, como a mulher em coma e a que não conseguia aceitar a morte, o leva a questionar seus próprios preconceitos e a encontrar um novo propósito. No entanto, a razão por trás de sua complexa jornada permanece um mistério, e o anjo negro guarda seus motivos em segredo.
A cada nova vida, os erros cometidos se acumulam, intensificando a experiência no inferno. As memórias dessas vidas anteriores surgem como fragmentos, como ecos de um passado distante, e se misturam com as experiências presentes, criando uma sensação de déjà vu que atormenta ainda mais os personagens. A punição, nesse caso, não é física, mas na alma.
A ideia central é a de que a alma é eterna e que nossas ações têm consequências que se estendem além da vida mortal. O inferno, então, se torna um catalisador para a transformação, um lugar onde os personagens têm a oportunidade de confrontar seus medos e encontrar a redenção.” No inferno, a percepção do tempo é radicalmente diferente da nossa. Minutos podem equivaler a anos no mundo dos vivos, tornando a experiência ainda mais tortuosa. Essa distorção temporal é parte integrante do sofrimento infligido aos condenados.
Nem todos podem acessar o inferno. Geralmente, as almas recém-falecidas passam por um período de transição antes de se desligarem completamente da vida terrena. Durante esse período, não há interação possível. No entanto, em casos excepcionais, como no crossover entre as séries, personagens com habilidades especiais, como o anjo em treinamento Geo, podem adentrar esse reino sombrio devido à sua hierarquia celestial.
A possibilidade de contato entre o mundo dos vivos e o inferno é limitada e geralmente ocorre quando alguém sofrendo no submundo busca desesperadamente se comunicar com os vivos, manifestando-se mediante sinais ou apelos por ajuda. Nesses casos, pensem oração pode ser uma forma de interação, capaz de abalar as estruturas do inferno e oferecer um breve alívio ao sofredor.”
A oração possui um poder extraordinário nesse universo, capaz de transcender as fronteiras entre o mundo dos vivos e o inferno. Quando um personagem no mundo dos vivos percebe os sinais de alguém sofrendo no submundo, a oração se torna uma ferramenta essencial para oferecer alívio e esperança. Ao realizar uma oração, o orante estabelece uma conexão com o sofredor, abalando as estruturas do inferno. Essa interrupção, por mais breve que seja, pode proporcionar um momento de trégua para a alma atormentada. No entanto, o uso frequente desse poder pode ter consequências imprevisíveis, tanto para o orante quanto para o próprio inferno.”