
Olá, meu nome é Geo e tenho quatro anos. Estas são as aventuras do meu dia. O dia está bem calmo, na semana não aconteceu nada de ruim. Está nublado, sem chuvas, sem raios e ventos. Acordei como sempre às 8 horas da manhã, arrumei a minha cama e tomei café com biscoitos e alguns pães. Sem vilões. Fiquei assistindo desenho animado até a hora de ir para a escola. Acho que vi muita TV nesta manhã. Peguei a minha mochila e entrei no ônibus escolar. Demora cerca de 20 minutos até chegar à escola.
A cidade está estranha, sem movimento, sem pessoas. Conheço esse lugar, mas nada está funcionando. A Geo percebe que está em algum lugar estranho que não é o verdadeiro mundo. Ela decide esperar alguém que possa lhe oferecer uma carona até sua casa. Mas resolve conhecer esse local. Desce umas escadas, entra em prédios, sobe escadas, até chegar em um estacionamento e encontra uma pessoa sentada no meio. A Geo vai até essa pessoa e pergunta: “Oi, moça, tudo bem?”. A estranha responde à Geo: “Oi, criança, o que está fazendo aqui? Esse mundo não é para crianças como você, saia daqui!”.
A Geo ainda insiste: “Por que não sou daqui? Que mundo está falando?”. A estranha responde à Geo: “Aqui é um mundo contrário ao seu, é o lado negativo do seu.”. A Geo pergunta: “Aqui é o submundo?”. A estranha responde: “Não é o submundo, aqui não é o céu ou inferno, é o mundo negativo.”. A Geo entende: “Isso quer dizer que é o meu mundo normal, mas negativo, e não tem nada a ver com inferno?”. A estranha: “Você tem uma luz linda, criança. Vai embora daqui. Só que tenha muito cuidado com a mulher que fica na estrada à meia-noite. Ao passar por ela, você ficará encantada com a sua beleza, não aceite a sua oferta. E lembre-se: quando estiver sozinha em casa, onde houver espelho, nunca chame seu nome por 3 vezes, se não ela poderá entrar na sua casa.”. A Geo disse: “Oi, moça, você não disse que não tinha monstros aqui?”.
Ela já havia desaparecido. Então, a Geo sai do local e sobe as escadas. De repente, uma ideia surge em sua mente: chamar a mulher de branco. Mas, dessa vez, seu chamado não obtém resposta. “Estranho”, diz Geo. Em seguida, ela começa a caminhar. Vagando pela cidade, sente-se um pouco cansada, mas está bem. O dia parece se arrastar, e ela se pergunta se a moça disse a verdade sobre estar em um mundo diferente. Tudo que vê se assemelha à sua cidade, mas não há ninguém nas ruas, nem lojas funcionando. Sem saber o que fazer, decide caminhar até sua casa, que não está muito longe. Lembrando-se de que o ônibus a deixou a cerca de 500 passos de casa, segue em direção a ela. Ao chegar, encontra tudo aberto e entra em seu quarto.
Tudo estava exatamente como eu o deixei ao sair de casa. Quando fui ao banheiro, lembrei-me da história da moça do estacionamento. Decidi testar se o que ela me disse era verdade. Peguei um banco de plástico e subi nele para conseguir me ver no espelho. Chamei o nome da mulher sete vezes. Mas nada aconteceu. Desci do banco e fui para a sala de estar. Estranhamente, a TV e o rádio não funcionavam. Deitei-me no sofá por alguns minutos e comecei a cochilar. Quando me assustei com um barulho de panela caindo no chão, acordei e fui ver o que estava acontecendo.
Ao chegar na cozinha, deparei-me com uma moça parada, olhando fixamente para mim. Ela estava pálida, e pensei: “Deus meu, ela vai assustar minha filha!”. Percebi que ela não reagia a nada. Quando me aproximei, ela continuou em silêncio, então perguntei: “O que você tem?”.
Ela não me respondia, mas levantou a mão e a colocou na minha testa. Que mão gelada! Um pensamento surgiu em minha mente, como se estivesse vivendo um flashback, e vi um pequeno filme. Parece que ela queria me dizer algo.
“Então, parece que você sofreu um acidente naquela rodovia e foi deixada dormindo naquele lugar? É por isso que você aparece para todos os motoristas que passam na rodovia depois da meia-noite? Credo, moça, o que você faz essa madrugada? Oxi, menina!”.
Então, vamos lá para esse lugar que você trabalha. Depois de um tempo, as duas foram até o local onde a moça pálida estava “dormindo”. Ao chegaram, viram um local todo destruído, sem nada. Mas a moça pálida ficou apontando para o chão, e eu não entendi nada daquela maluca.
Então, fui até o local onde ela estava apontando e toquei na área com um amontoado de terra. Algo diferente aconteceu: o vidro que estava próximo refletiu uma luz branca em poucos segundos. Ao me virar para conversar com a moça pálida, ela não estava mais lá. “Oxi, menina, você foi embora e me deixou aqui?”.
Então, Geo volta pelo mesmo caminho e chega próximo ao estacionamento, onde vê a moça parada no centro. “Mulher, você continua aí? Vá para casa”, diz Geo.
A estranha responde: “Então, já posso ir? Você vai me deixar?”.
Geo responde: “Sim, pode ir, moça estranha. Toque aqui na minha mão”.
A estranha toca na mão de Geo, e tudo fica claro em poucos segundos. Como da outra vez, a estranha some.
“Aff, outra maluca sumiu de repente”, pensa Geo.
Então, Geo volta para casa e faz o mesmo de antes: sobe no banco e chama o nome da moça pálida sete vezes, mas nada acontece. Ela desce e volta para o sofá.
Espera, espera… Passa muito tempo e a moça pálida não volta. Geo fica um pouco irritada. “Quero voltar ao normal”, pensa ela. “Mas não sei como fazer.”
De repente, o ônibus da escola está voltando. “Ah, já sei!”, pensa Geo. Ela vai até o ponto, entra no ônibus e se senta no mesmo lugar de sempre.
Depois de alguns minutos, tudo fica claro e Geo volta a ouvir o mundo normalmente. Em um passe de mágica, tudo volta ao normal.
Geo entra na sala e se senta na carteira da frente. A moça que trabalha na limpeza geral a olha e pergunta: “Oi, Geo, como está? Está animada hoje?”.
Geo, surpresa, exclama em voz alta: “Olha, mulher pálida! Você voltou à cor normal?”.
A funcionária da escola, assustada, responde: “Como assim, Geo? Voltei ao normal? (Rindo) Ou você está assombrada?”.
Geo pensa consigo mesma: “Fia da peste, me deixou sozinha lá naquele mundo!”.
Em seguida, Geo volta para a sala e continua com suas atividades do dia.